Ao longo dos anos a função e principalmente a importância dos móveis mudou bastante.
Durante muito tempo os móveis precisavam ser transportados com frequência devido aos costumes das antigas civilizações e até mesmo das ricas cortes europeias que mudavam de palácios de tempos em tempos. Por isso a mobília passou a ser chamada de “móvel”, devido a a sua característica “portátil” inicial.
Podemos analisar o móvel em diferentes períodos da história, sob quatro ângulos diferentes:
1- Funcionalidade: inicialmente a importância dos móveis se restringia à suas funções práticas: bancos e cadeiras existiam para sentar; mesas e estantes para apoiar utensílios e objetos; camas para dormir; armários para guardar coisas.
2- Status: posteriormente os móveis adquiriram um novo status, se tornaram indicadores de posição social. “A classe que ocupa alta posição na hierárquica social enfatiza seu papel particular pelos móveis dos ambientes onde vive”.
3- Tecnologia: o terceiro estágio a ser considerado na história do mobiliário é o aspecto tecnológico. A tecnologia evoluiu e surgiram novas técnicas e matérias para fabricação dos móveis. Os últimos sessenta anos evoluíram mais tecnologicamente do que os seis séculos anteriores.
4- Desejo: o quarto aspecto de observação do mobiliário se fundamenta na maneira como os móveis são utilizados e organizados do espaço. Os móveis podem ser utilizados apenas em sua função prática, podem satisfazer desejos como peças decorativas ou podem aliar a função decorativa e prática.
Percebe-se que a evolução do conceito dos móveis evoluiu conforme os valores e cultura da sociedade. Em cada época um aspecto foi valorizado de acordo com o que era importante para as pessoas naquele momento da história. Por fim, vive-se um momento em que todos os aspectos têm igual importância, onde o mercado de móveis oferece opções para todas as necessidades.
Os Móveis além de nos permitir compreender diferentes modos de vida, também nos proporciona prazer estético.
Os móveis, sempre foram criados para satisfazer as necessidades de uma determinada sociedade, portanto pode nos dizer muito sobre os interesses dessa sociedade.
A madeira é o material mais utilizado na fabricação de móveis. No Egito, há 5000 anos, artesões utilizavam técnicas muito sofisticadas que mesmo com o progresso tecnológico poucas foram as mudanças no trabalho da madeira. Os enxós, serras, formões, martelos, verrumas e plainas utilizados pelos antigos egípcios continuam a existir com as mesmas formas atualmente.
As peças do mobiliário primitivo eram talhadas num só bloco de madeira, desse modo o ofício de carpinteiro derivou do de entalhador. Com o tempo o carpinteiro deixou de executar todas as técnicas no fabrico do mobiliário e uma variante da sua arte passou a ser praticada pelo torneiro. A principal ocupação do torneiro passou a ser o fabrico de cadeiras e foi então que se deu o primeiro passo no sentido da técnica das juntas, uma vez que os pés e as costas da cadeira tinham de ser fixados no assento. A técnica de unir as partes de uma peça de madeira por meio de juntas derivou originalmente da carpintaria, onde era usada para forrar salas com madeira para decoração e ao mesmo tempo conservava o calor. Como as tábuas unidas com prego não ficavam com folga necessária para suportar a dilatação e a contração da madeira provocada pelas mudanças de temperatura e umidade, criou-se um sistema de molduras encaixadas, as peças de madeira são unidas por meio de juntas de espiga e encaixe. Aos poucos o carpinteiro se dedica exclusivamente à construção de casas e os móveis ficam a cargo do marceneiro.
Parte deste texto foi tirado no blog: http://www.omovel.com.br/2008/07/um-pouco-de-histria.html
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